2.28.2011

Serviço da CP

É mesmo muito mau! Para a porcaria que fazem mais valia privatizarem o serviço! Está tudo feito para quem conhece, ou seja, é uma balbúrdia tremenda!

Só hoje:

1- máquinas automáticas avariadas e guiché fechado. O que fazer? Fácil para quem sabe. Ir para o comboio sem bilhete.

2- O placard diz que o comboio sai da linha 4 mas na linha 4 estão 2 comboios colados e quase não se percebe que são diferentes. Não se vêem indicacões do destino. O que fazer? Pois, perguntar! Mas é assim? Nenhum aviso?

2.27.2011

O pêndulo eu-tu

Os problemas poderão pertencer-te e poderás ser o/a agricultor/a árduo das tuas misérias, mas nunca o problema serás tu, como essência "arelacional". Os problemas criam-se quando as respostas dadas às situações são desadequadas e, consequentemente, acolhemos essa inadequação no nosso zoológico identitário. Contudo, deveremos olhar com atenção para os equilíbrios que se jogam na relação eu-tu/outro/algo. É nessa relação que as imagens são criadas, em que os espelhos ganham força e em que o nosso olhar perscrutador irá buscar as respostas.

Eu...Quem?

Simples como a gravilha na estrada: por que motivo será tão difícil libertar-mo-nos das nossas narrativas cimentadas pela nossa experiência de vida? Por que motivo fazê-lo implica sentirmos uma profunda sensação de estranheza relativamente à nossa existência? Por que motivo temos tanta dificuldade em mudar? Em nos transformarmos?
Colados numa estrutura identitária sólida e exuberante, como poderemos experimentar mudanças substanciais e guiadas pela nossa necessidade autoral de criarmos novos mundos?
A nossa identidade e as suas posições identitárias giram à volta de um eixo composto por três compostos:

- a relação. A elicitação da pergunta como resposta relacional. A incontrolável necessidade "to relate";
- a época histórica. É-nos permitido aquilo que é assumido nas normas culturais;
- a linguagem. Construímo-nos através da construção partilhada de significados e narramos as nossas histórias em auditórios internos e externos.

Serão estes os compostos químicos que nos calçarão as mudanças. Falta os sapatos, falta a corrida, faltam os resultados.

Por que motivo é tão difícil mudar?

2.22.2011

O Medina Carreira tem razão

A sério! Não há forma de dizer de outra maneira! Ele tem razão em estar sempre a bater no ceguinho! Pensei que o pessoal já tivesse percebido, isto é, que a comunicação social analisasse os números e que não fosse nas falinhas mansas da propaganda política e que o governo tivesse percebido que não vale a pena seguir o caminho da manipulação da realidade.

O Expresso de sábado demonstrou também que convém dar algum ânimo ao Governo. Passaram a ser os massagistas particulares deste governo.

Tudo isto relativo à tão proclamada diminuição do défice orçamental. Ok, é só um mês mas o modus operandi do governo já não deverá enganar ninguém! Pessoal, ACORDEM!

Ouviram a dissecação dos números pelo Cantiga Esteves, ontem à noite no Jornal da SICN? Elucidativo.

Se não ficaram convencidos com as explicações dele, leiam então o post do Álvaro Santos Pereira, intitulado "O despesismo continua".

Reparem como a cobrança de impostos parece estar a chegar ao limite, se é que já não chegou. Apesar do brutal aumento de impostos, das vendas de automóveis no final do ano e da fatia de 200 e tal milhões entregue em impostos apenas por algumas grandes empresas, a recolha de impostos diminui relativamente a 2008.

Notem também o aumento da despesa e o saldo global, apenas melhor do que do ano passado.

Esperemos que isto mude muito nos próximos meses, senão não haverá retórica bacoca e comunicação social fantasiosa que permita a salvação financeira do país.

2.21.2011

A saúde mental dos Portugueses

Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.
Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.
Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.
E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.

Pedro Afonso, médico psiquiatra

Artigo publicado no Público em 21/6/2010, copiado à bruta do blog do Zé David Almeida http://zedavidalmeida.blogspot.com/

2.18.2011

Nokia e Microsoft: o negócio

Breves pontos:

1- se o negócio implicar mais competição, perfeito.
2- gosto do conceito do WP7 mas não gosto do facto de ser closed source;
3- linux é bom. O que é Android? O que é WebOS? E o iOS não é UNIX modificado?
4- gosto muito do hardware da Nokia mas o software deles estava e está decadente. Não conseguiam/conseguem responder aos players do mercado.

Todos ganharão se a MS e a Nokia fizerem um excelente trabalho. ;)

Using Google Docs in a School

Working as a Psychologist in a school means to be in constant dialogue with students, parents and teachers, both metaphorically and literally. It means to make presentations on the Job Market with 15/16 year old's, sending psychological assessment reports to teachers or getting together with parents to discuss the development of their children. All of this demands great flexibility, not only in terms of your social skills but also in the usage of technology.

I've been using Google Docs more and more because it allows me to have my work (presentations, reports, etc) where I need them. I don't have to take them on a pen disk or take my laptop with me. The school has wifi and computers on every classroom. The docs are "there", at the distance of click, where I need them.

I think Google Docs have a great potential in schools and other large organizations, like universities. Those working environments are based on the same fundamental principles as Google Docs: collaboration/sharing/relating/getting the job done.

Nonetheless, Google Docs still has a long way to go. The sun is just rising. It still has some inconvenient bugs and some features are still missing. But we have to start somewhere!

I hope the Google Docs team continues to improve this awesome piece of software!

I'm not affiliated with Google whatsoever. I just like good technology. :)

2.10.2011

A moção do BE

O BE anunciou as chuvas de Março. A moNÇÃO virá lavar as vestes de Sócrates, que recuperará mais um pouco devido à ambivalência que reina no PSD. Se o PSD apoiar a moção, então teremos uma situação muito curiosa, uma vez que o BE acabará por colocar o tapete para o PSD e o CDS subirem ao trono dos destroços deste país em retalhos.
Mas se o PSD não quiser eliminar este governo, então teremos um espartilho num elefante, potenciadora de uma esquizofrenia ainda mais incapacitante. Roerá os ossos dos portugueses até ao tutano.
Sócrates não consegue esconder o medo de sair do poder. Encrustou-se-lhe na pele. Parece um homem mubarakiano. Quando cair será doloroso.

2.09.2011

A Obesidade Mental

Copiado à bruta de algures. Créditos ao autor, José César das Neves.

A Obesidade Mental - Andrew Oitke
Por João César das Neves - 26 de Fev 2010

O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que
revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito
em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade
moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos
do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.
Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e
conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos
que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de
carbono.

As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos
tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e
comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e
realizadores de cinema.
Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e
romances são os donuts da imaginação.»
O problema central está na família e na escola.
«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se
comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta
mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e
telenovelas.
Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance,
violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma
vida saudável e equilibrada.»
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os
Abutres", afirma:
«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de
reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações
humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e
manipular.»
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade
fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.
«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura. «O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi
Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que
é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam
porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um
cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes
realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura
banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da
civilização, como tantos apregoam.
É só uma questão de obesidade.
O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.»

Este relato vai um pouco ao encontro daquilo que tenho referido como esquizofrenia colectiva. Aceito que este termo - Obesidade Mental - é muito mais suculento. :)

2.06.2011

Pérolas para porcos - parte 2

Imaginem que compram um smartphone novo.Porreiro,certo? Certo.
Imaginem agora que passadas umas semanas o aparelho começa a ficar com pó debaixo do vidro do ecrã. Achariam estranho uma vez que foram cuidadosos na utilização.O que pensam? Bem, isto deve ter sido um pouquito de pó que entrou e deixam de prestar atenção à questão durante uns dias. Mas, um certo dia olham com mais atenção e notam que o pó começa a acumular-se. Pensam no passo seguinte que, como já adivinharam, consiste em ir à loja onde compraram o telemóvel. Entretanto, como pessoas curiosas que são, pesquisam na net para saber se mais alguma pessoa relatou semelhante situação. E não é que encontram? Adiante.
Deslocam-se à loja e contam toda a situação. Dizem-vos que o aparelho poderá ir para a garantia e vocês preparam-se para ficar 1 mês sem ele. Pensam provavelmente que vos será entregue um aparelho de substituição com caracterìsticas equivalentes. Era o recebias! 5.90€ se quiseres ter um rasco para aguentares. Imaginas que estás a sonhar..
Segue então o brilharete da empregada: se quiser enviá-lo para a garantia tem que ir à loja de S.João da Madeira (não registei a outra) fazê-lo. O quê? Começam a pensar que estão no Congo e que ao vosso lado está um leão e três girafas, mais à frente alguns porcos.
Olham para os olhos das empregadas e vestem-nas com pérolas. Para porcos. Pela vergonha do péssimo serviço, pela vergonha desta maneira tão estúpida das empresas trabalharem.

Ah! Palmas para a OPTIMUS! Do que é que precisas?

2.05.2011

Nunca desistir

A vida é, provavelmente, uma grande série de momentos duros inscritos num processo íngreme de procura de felicidade. Em alguns desses momentos as circunstâncias poderão conjugar-se para abanar as fundações do chão que pisamos. Trememos. Pensamos esconder-nos debaixo do alcatrão, no silêncio da inacção. Se o fizermos, a tristeza engole-nos e mascá-nos como tabaco bolorento. Se recusarmos a descida pela justificada ou injustificada decadência dos dias e da nossa tristeza, então poderemos pisar-nos com os tumultos que levamos às costas mas no fim teremos uma consciência serena e pacífica com as nossas nódoas. Nada mais complicado de fazer, nada mais imprescindível para ser feliz.

2.03.2011

A vergonha de Portugal

Copiado à força toda daqui. É preciso conhecer a verdade.

Repara no que faço e não no que digo

by Manuel Esteves

São muitos os economistas que vêm defendendo há algum tempo a necessidade de reduzir salários em Portugal de modo a reequilibrar a economia e a devolver a competitividade perdida nas últimas décadas.

Até agora, o Governo nunca deu a conhecer, de forma clara, a sua visão sobre este assunto. A Teixeira dos Santos tem cabido o papel de "mau da fita", fazendo sucessivos apelos à contenção salarial no sector privado. Mas do primeiro-ministro ou da ministra do Trabalho nunca se ouviu uma palavra a este respeito. Aliás, confrontado com esse cenário, José Sócrates foi claro: "O Estado não manda nisso. A nossa responsabilidade é com a Administração Pública e com as orientações que demos às empresas públicas".

Mas o pouco que foi dito contrasta muito que foi feito. Vejamos:

1) O Estado, que é o maior empregador do País, decidiu reduzir em 5% a massa salarial. Na prática, 450 mil pessoas sofreram cortes que variam entre 3,5% e 10%, condicionando as políticas remuneratórias do sector privado.

2) Aumento dos descontos previsto no código contributivo: o novo código entrou em vigor em Janeiro e alarga a base de incidência das contribuições para uma parte dos trabalhadores dependentes (ao incluir outras formas de remuneração), ao mesmo tempo que aumenta as contribuições de uma parcela significativa de trabalhadores independentes e de algumas profissões, tais como os trabalhadores de IPSS, jogadores de futebol, padres, empregadas de serviço doméstico.

3) Agravamento do IRS: Em 2011 os portugueses pagarão taxas de IRS 1 a 1,5 pontos percentuais superiores às de 2009, consoante os rendimentos. A isto, acresce o corte nas deduções fiscais, como as despesas de saúde, educação, seguros de vida, PPR, entre outros.

4) Redução do "salário" dos estágios profissionais: o Governo anunciou que a bolsa dos licenciados passa de 838,44 euros para 691,71 euros brutos ou 615,62 euros líquidos (corte de 27%). Ou seja, ofereceu protecção social a estes jovens, mas obrigou-os a suportar a parte (23,75%) que normalmente caberia à entidade patronal (além da sua própria contribuição, de 11%).

5) Novo regime do subsídio de desemprego: para incentivar os desempregados a aceitar os empregos existentes, o Executivo baixou o salário que estes são obrigados a aceitar sob pena de perderem direito ao subsídio. Na prática, segundo contas da UGT, o corte pode chegar aos 16%, consoante os salários em causa.

6) Proposta de corte nas indemnizações por despedimento: ao propor a redução da compensação a que um trabalhador tem direito em caso de despedimento, o Governo está a diminuir o salário teórico a que este tem direito. É uma parcela remuneratória eventual, mas que está implícita actualmente em qualquer contrato. Na prática, muitos trabalhadores vão entrar no desemprego com menos dinheiro do que actualmente.

7) Proposta de criação de um fundo para as indemnizações em despedimento: tanto a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) como a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, consideram que a medida vai ter efeitos indirectos nos salários dos trabalhadores. O raciocínio é simples: ao prever a obrigatoriedade das empresas efectuarem um desconto determinado cada vez que contratam um trabalhador, estas tenderão a incorporar esta contribuição como um custo de contratação. Portanto, das duas uma: ou contratam menos ou contratam por menos.

8) Finalmente, a subida da taxa normal de IVA em três pontos percentuais no espaço de um ano e de um ponto para os bens essenciais e intermédios, afectou o poder de compra de todos os portugueses.

Na prática, os portugueses já estão a ganhar menos. Bem menos.


(Com a colaboração de Elisabete Miranda e Catarina Almeida Pereira).

Posso acrescentar, por exemplo, que os Psicólogos inscritos na Ordem dos Psicólogos com mais de 5 anos de experiência irão começar a pagar mensalidade de cerca de 12€/mês e que os restantes irão pagar cerca de 8€/mês. Não consegui confirmar esta informação mas quem me disse assegurou-me a sua veracidade.

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