11.30.2008

O Eu que ficou lá atrás

RIC17

Sintomas

As relações por vezes azedam e tornam azedas as pessoas e aquilo que as une. O que afasta torna-se negro e os seus olhares tristes pela amargura de se terem que chatear.

As falhas de comunicação e os espinhos que crescem na inexactidão dos factos leva a que as pessoas deixem de responder a partir das acções que ocorrem e passem a responder através do quadro fusco e impreciso na mescla de sentimentos, pensamentos, projecções futuras e sensações.

É triste vê-los assim. E é difícil perceber os limites da razoabilidade de cada movimento. Ambos se amam e ambos se desentendem pela amargura que criam um ao outro. Não se ama com pré-condições de análise e de relacionamento.

O Amor implica despirmos o orgulho e colocá-lo no espaço que ambos calcam, dando espaço a que a carne crua das acções seja aceite por pensamentos igualmente livres de gordura pouco saudável.

Amar é criar consensos que estanquem a perversidade dos movimentos relacionais insustentáveis. É fazer rewind e compreender o que ficou mal gravado e substituir esses pedaços de incompreensão por discussão activa das posições de cada um.

Comunicar é difícil e mais difícil é quando se define através uma história cheia de contornos sinuosos, agrestes, podres.

Parar. Colar substitutos de incompreensão com entendimentos calmos e esclarecedores.

Amar é, por isso, também parar, olhar nos olhos do Outro e perceber que aquilo que se guarda no olhar pode não conter exactamente o que pensamos, dizemos, o que temos medo de dizer e aquilo que gostariamos de dizer.

Amar significa parar para abraçar a totalidade da amargura e da felicidade perdida.

11.28.2008

11.27.2008

Happiness lives in sweet memories

DSC03076 DSC03072 DSC03064 DSC03102

DSC03082 DSC03162

Status Quo

Some people live behind the curtains of status quo. They find that the comfort given by this smoke fence is irreplaceable. Why? Because it makes the bridge sound like an unachievable empire. Power, ego massages, weak and insufficient honesty. With oneself, with another.

The bridge turns gold to the other, who needs to savagely honor the Great! Oh Mr Dr Eng! Please, listen to me! Make me feel someone under your great throne of power. Let me be around you and seat near you. Talk to you. Cherish you. Close to power.

You may despise him but he or she will love your look and your talk. And no matter what, you will be heard and known by the great power.

Wake up! It’s time for you to look deep into their eyes and dwell into their narratives of power. You will find dead ends and a little bit of egocentric organization. Let it be. Each one of us answers for their feelings and caring for others. Respect isn’t just something you refer to when you need to put yourself on higher grounds. It’s seen through our naked eyes, open hands and warm hearts.

It’s cold!

DSC00211

-1ºC! Not bad! :P

Fire!

DSC00205 DSC00206

DSC00207 DSC00208

11.26.2008

Pollyanna e Sócrates

Satisfatório. Bom. Óptimo. Excelente. Brilhante!

Eles poderiam andar de mãos dadas, visitar os campos e sentir as flores brilharem. Ouviriam os passarinhos a cantar e os animais a alimentarem-se. Seria um Mundo infinitamente belo, repleto de uma insofismável leveza.
Que bom que é cheirar o odor da positividade dos elementos naturais, de perceber como os organismos e as coisas se organizam com um sentimento estético que perpessa a solidez das coisas e dos acontecimentos. Que bom! Que felicidade!

"As previsões da OCDE não são favoráveis para nenhum país do mundo, são de
um crescimento de menos 0,2 por cento para Portugal, mas são de menos 0,9 para
Espanha, menos 0,8 para a Alemanha, menos 0,6 no conjunto da Zona Euro",
salientou.
Para o primeiro-ministro, apesar de Portugal figurar no conjunto destes
países, "tem previsões menos negativas que os outros."



Existe um interesse magnânimo na natureza de um ser quando ele reporta o exclusivamente a sua orientação existencial para um foco positivo das questões. Contudo, existe uma perversa e inefável manipulação e obscuridade nas pessoas que organizam o seu pensamento em torno da anulação de pontos negativos irrefutáveis, ou em análises mancas, coxas e pernetas.
Considero que todas as pessoas percebem o alcance deste míssil irrealista que o primeiro ministro transporta nas suas afirmações. Ele constata a situação, recolhe os aspectos positivos dela e deixa-os orfãos de contexto. O passado serve-lhe apenas para apontar o que ele fez e que os outros não fizeram. Apenas.

Muito fraco. Péssimo. Horrível. Catastrófico!

11.24.2008

Find your answer

MySearchOff offers you the possibility of getting search results of Yahoo, Live and Google at the same time. It's interesting to see how the three get the information together. A must see. ;)

11.19.2008

Carta de um Professor aos Directores da TSF e DN

Carta de um Professor aos Directores da TSF e DN A propósito
da entrevista de JOSÉ SÓCRATES

Ex.mo Sr. João Marcelino/Paulo Baldaia

Ontem entrei no carro e ouvi os últimos 15 minutos da
entrevista ao nosso primeiro ministro, exactamente no momento em que estavam a
falar de educação que era o que me interessava no momento. A custo, consegui
ouvir até ao fim.

Envio-lhe o meu mais veemente lamento pela forma como a
entrevista, ou o que lhe queiram chamar, foi conduzida porquanto foi permitido
ao Sr. 1º ministro dizer o maior chorrilho de mentiras sem que alguma vez
tivesse sido corrigido. Deixaram-no passar mais uma mensagem propagandística que
peca pela verdade tal como ele nos tem habituado a ouvir a começar pelo seu
processo de habilitações literárias.

Os Srs. jornalistas TINHAM a OBRIGAÇÃO de se documentarem
melhor para fazer uma entrevista dessas. Mais pareceu uma entrevista de "faz
favor de dizer" com questões previamente combinadas porque os entrevistadores
eram pessoas experientes e deviam saber bem o que lá estavam a fazer. Só pode
ter sido. Sócrates teve a oportunidade de explicar a sua educação à sua maneira
e o resto foi servido em bandeja de ouro.

O meu nome é Francisco Teixeira Homem, sou professor na
Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima em Aveiro, tenho 34 anos de
serviço.
Tenho ainda uma licenciatura de 5 anos que é verdadeira e rigorosa.
Sou do tempo em que o estágio pedagógico era de 2 anos. Fiz 1 mestrado e a parte
curricular de um 2º mestrado no tempo em que os mestrados eram 2 anos. Tirei o
doutoramento no tempo em que eram de 5 anos. Os investimentos na minha carreira
e profissão foram pagos por mim e pelo sacrifício da minha família. Progredi na
carreira com o cumprimento rigoroso de todos os créditos e subi ao 8º escalão
com provas públicas efectuadas em Coimbra nas instalações da Direcção Regional
de Educação do Centro. Não progredi com benesses até chegar ao 10º escalão onde
tenho a minha carreira congelada e a ganhar tanto como um licenciado.

Por acaso vou ser avaliado por uma professora que é do
mesmo grupo que eu mas há casos de professores de História a avaliar os de
Inglês, de Educação Física a avaliar os de Educação Visual ou Educação Especial,
de Biologia a avaliar os de Matemática... enfim!!!!
Quando um professor
destes vai assistir a uma aula dos outros (e tem de o fazer 2 vezes) está a ser
justo por mais que o queira? Haverá honestidade neste processo?

Não me licenciei a um domingo com 26 das 31 cadeiras em
falta dadas como equivalentes, nem com professores amigos ou reitores presos por
falsificação de documentos, nem com a utilização de cartões do governo. A minha
Universidade é pública, do Porto, e podem ser consultados todos os meus
documentos. Não foi encerrada, como a UNI, só Deus sabe, VERDADEIRAMENTE
porquê.

O Sr. JS mente quando diz que agora há o mérito de
distinguir os professores excelentes dos outros. Uma pessoa cujo percurso
académico cheio de falta de rigor, mérito e excelência não lhe oferece a mais
pequena moralidade para pensar sequer nisso, quanto mais falar. Desculpe voltar
a falar disto mas é uma VERDADE que anda a ser camuflada e continuamente
escondida.
A criação INJUSTA do professor titular no ECD é a MAIOR FRAUDE que
passou impune em Portugal. Os professores foram classificados APENAS pelos
últimos 7 anos de profissão, não pelos conhecimentos mas pelos cargos exercidos.
Imagina certamente o que eu com 34 anos de serviço deva ter prestado ao ensino
como professor. Pois bem, 27 desses meus anos contaram ZERO. RIGOROSAMENTE...
ZERO.
Aqueles anos em que quando mais jovem tinha capacidade para fazer e
vontade para tudo, contaram NADA. Não sei quantos anos de serviço tem o Sr. João
Marcelino/Paulo Baldaia mas diga-me como se sentiria se a sua classificação
fosse feita apenas com base nos últimos 7 anos, não pelos seus conhecimentos e
capacidade mas APENAS pelas funções que prestou. Há professores belíssimos que
foram prejudicados por terem querido ensinar. Há escolas onde ficaram titulares
professores com 86 pontos enquanto outras escolas professores com 130 pontos não
o conseguiram ser.
UMA VERGONHA que a imprensa nunca soube (ou nunca quis)
denunciar. A escola hoje deixou de ENSINAR. O próprio ministério deixou de ser o
Ministério da Educação e passou a ser o Ministério da Certificação. Faça esta
experiência.
Vá a uma escola e diga que se quer matricular para APRENDER.
Para APRENDER!!!!
Não há como nem onde. Até com o sistema de créditos já
acabaram. Mandam-no para os EFAs ou para as Novas Oportunidades. Veja o que isso
é. O que lá se aprende.
Em quantos MESES se pode fazer ao mesmo tempo o 7º,
8º e 9º ano e depois o 10º, 11º e 12º ano. Acabaram com o "Ad Hoc", agora há o
"mais 23". Compare-os.
Agora, com a apresentação do currículo e a entrevista,
um candidato ao ensino universitário fica logo com 60%. Os "trocos" ficam depois
para um exame muito mais SIMPLIFICADO.O Sr. JS falou nos cursos
profissionais.

Vá a uma escola e veja o que é isso de cursos
profissionais. A verdade. E já agora os CEFs. A pressão permanente para que os
alunos passem sem saber apenas e só para uma avaliação estatística. As
permanentes lamúrias da Sr.ª ministra nos custos de uma reprovação e no
facilitismo em reprovar.

Agora na avaliação dos professores é contabilizado o n.º
de alunos reprovados numa vergonhosa e clara afronta à perda de independência.
Que culpa tenho eu que no início do ano me tenha calhado uma turma mal-educada e
pouco estudiosa? Que culpa tenho eu que um aluno abandone a escola porque quer
ir trabalhar ou não gosta de estudar ainda que tudo tenha feito com os pais para
que tal não aconteça? PORQUÊ isso se reflecte na avaliação?

Já alguma vez pediu a uma escola as fichas de avaliação?
Não acredito, desculpe mas não acredito que alguma vez as tenha visto. É
IMPOSSÍVEL que aquilo possa ser seguido, IMPOSSÍVEL. Se não as conhece procure
ver algumas.
Os professores o melhor é deixarem de dar aulas. A Cada escola
tem as suas grelhas de avaliação. São 3 grelhas, qual delas a melhor, sempre
elaboradas da forma mais incrível, injusta, desadequada, complexa, pouco
credível e acima de tudo inexequível.
Isto não é uma brincadeira?

Os professores não têm família e direito ao tempo livre e
lazer? JS falou igualmente no Inglês e na Educação Física das escolas primárias
que já havia antes dele.
Pergunte quanto ganham esses professores e compare
com o que ganha uma empregada doméstica, sem qualquer desprestígio para as
empregadas domésticas.
Sr. João Marcelino/Paulo Baldaia, peço-lhe desculpa se me
excedi. Penso que não. Acredito que com algumas destas "dicas", futuras
entrevistas suas ao sr. JS serão diferentes. A verdade é que andamos de tal
forma a ser maltratados e enxovalhados com tanta MENTIRA que após o programa da
TSF que é uma rádio que oiço sempre, senti necessidade de "desentupir".
É
estranho, muito estranho mesmo que a certas pessoas seja permitido fazer passar
incolumemente certas mensagens. E o Sr. primeiro-ministro é
uma delas. Usa e abusa.Este foi o direito à minha INDIGNAÇÃO.

Queira aceitar os meus mais respeitosos
cumprimentos,

O professor Francisco Teixeira Homem

Uma boa carta contra a ignorância.

11.16.2008

11.15.2008

Ecostiler

In The Netherlands:

  • Ecostiler stands for ‘Energy efficient COmmunity STimulation by use and Integration of Local Energy Resources', which means that all the energy that a community consumes are brought together through several sources of energy. Such a coordination and integration of renewable energy in the large spectrum of community energy needs launch new ways of it’s efficient use.
  • The CONCERTO initiative is a Europe wide initiative that focus the challenge of creating energy efficient communities.
  • Ecostiler and the Concerto initiative brings a new horizon in terms of rational and intelligent use of energy.

11.14.2008

Sussurros de inveja

Ela ouvia atentamente a sua imaginação, tentando encontrar rasgos simétricos de humanidade no ser escondido naquela barriga grande.
- Mãe, sabes que eu acho que não tens um filho na barriga? Eu não o vejo. Fecho os olhos e ele não aparece. Ele não pode existir!
- Filha, já te mostrei um bebé, lembraste?
- Oh, oh mãe, mas onde está o bebé se eu não consigo ver? Porque me obrigas a acreditar que tudo será igual quando ele, que "não é" (não o vejo!) nascer?
- Filha, fecha os olhos. Toca com a tua mãe na minha barriga. O que sentes? Calor, Pontapés?
- Sinto amargura. Sinto falta de mim em ti, antecipando a falta que me farás quando a minha casinha, onde me vens acariciar, se esconder no fundo da floresta. Tudo serão árvores densas, erguidas pelo carinho que nutrirás pelas novas formas do teu Amor e pela minha necessidade de clausura.
Farei cozinhados saborosos na minha casa, tu sentirás o odor, limparei o chão e não verás nem uma preciosidade de cotão. Mas tu não verás. Sentirás apenas os meus olhos cravados nas tuas pernas, tentando perceber como poderei trepar até ao teu coração. E ficarás triste por não percebes com que linhas coso a minha hibernação. Sabes mãe, imagino agora o que imaginei há anos. Lembro-me das texturas e das matizes sombrias e lembro-me de uma janela aberta no teu olhar. Puxei-me e subi pelos oblíquos chamamentos que eles me lançaram.
Trouxeste-me de volta.
Mano, vamos sair?

11.10.2008

Old times

DSC00181

Dna do leste

Os olhares deles roçam a agressiva selvajaria daqueles que lutam ininterruptamente. O fugaz olhar desperto, cerrado, pedinte de um desafio a que não se pode aceder.
Fugidios.
Irrompem frugalmente num espaço de combate, lembrando a quem os olha que lá mora um Mundo de ruínas de atarefados e laboriosos trabalhadores.
Tristeza.
Agressão visual. Chicoteiam olhares pueris. Admitem a violência dos corpos brancos massajados pela inebriante guerra dos Mundos.
Carinhosos.
Ficam calmamente doces durante o movimento, esperando uma mão que lhes acene com cores que lhes permitam colorir as ruínas com que se constroem.
Parados.
Aqui nestas palavras ásperas com que preenchem vazios.

11.05.2008

Some thoughts about USA elections

McCain did an brilliant speech! A great man in honor and dignity.

What a great speech you gave today! Obama loves Walt Whitman! Just read “Leaves of Grass” and you will get it!

Thanks America for the power of your example!

Thanks America for your democracy!

Thanks Obama for the inspiration that leads people all over the world to have more faith in the future!

Thank you!

11.03.2008

Life

Life is really something weird. We live to complain about life while we don’t dare to think about death, or the aftermath.

We live to on a hedonistic platform, roaring to others as if they were our predators. We are constantly afraid of losing our sense of life, our meaningful and weak complex balance of our selves.

We die each time we dwell on self pity and put the arms below our imagination. We cease our magnitude of thought when our dominion of inner life trembles. We die to live stronger each time we are down.

We die not because life ends but because our ability to create metaphors deteriorates. We leave the world empty hand when our tentacles of care and love are gone, alone, but even then we are fortunate enough to create a deposit of illusion.

We live not knowing how to live better and that’s awkward, because our freedom lives up to our terror. 

Preços em Portugal: comparação

precos_73

É preciso dizer mais alguma coisa?

Daqui

Não…

…quero ser um génio…Já tenho problemas suficientes ao tentar ser um homem.

Albert Camus (1913-1960)