Fico chateado quando a fluidez das imagens é perturbada na sua sincronicidade. Que barulho! Sinto-te que me estás a ler. Sinto-te com os teus sentimentos a retirar-me elos do pensamento. Estás a roubar-me a paz, sabes? Estás a chatear-me com o teu sentimento maior de luminosidade, a consciência, de que apesar de me estares a invadir estás a alimentar-me para te poderes ler comigo. Assisto sem rancor à vandalização dos conteúdos da minha memória. Estudo semiológico. Seu semideus, que sismos me provocas? Abandono-me mas tu não me abandonas. Segues-me e com um pouco de identidade mostras-te quase a descoberto. Mostras-me as narrativas que gostavas que eu tivesse criado quando tu dialogavas o teu rosto. Dei-te voz quando a procuravas e dei-te a forma quando procuravas declarações. Volto agora a mim. Deixo-te de lado ou julgo deixar. Mas não quero saber que estás aqui. Não posso crer que me sugas o que ainda não te dei a sugar. Não posso crer como me transformaste as memórias, fazendo lembrar-me daquilo que não guardei. Diria que me vilipendias. Diria que te vilipendias. Diria que se não estivesses já na tua voz aquilo que a minha voz vai confirmar, poderíamos ser dois. Por enquanto vamos ser um. Se me contradigo? O que achas? Não contenho multidões mas contenho as tuas multidões que me seguram com cordas bem fortes quando escorrego da minha posição. Felizmente estás lá para não me dar sentido e por isso fornecer-me a coerência.
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