2.23.2009
2.19.2009
Ministério Público proíbe sátira ao Magalhães no Carnaval de Torres Vedras
Mas que treta de país é este? Aqui. Não há paciência que aguente estes mecanismos produtores de acefalia generalizada! Que sensibilidade que o poder instalado tem! Mete dó!
Proíba-se o que de facto não é fantasioso mas parece ser! Proíba-se a incompetência generalizada dos políticos e a insensibilidade da gestão de muitas empresas públicas! Proíba-se que estes sopros de censura totalitária fujam para longe! Que tristeza!
Update: O Ministério Público reconheceu a barbaridade moral da sua censura..Ups..Não se pode dizer censura...A censura não permite censura..Engraçado este trocadilho..
Proíba-se o que de facto não é fantasioso mas parece ser! Proíba-se a incompetência generalizada dos políticos e a insensibilidade da gestão de muitas empresas públicas! Proíba-se que estes sopros de censura totalitária fujam para longe! Que tristeza!
Update: O Ministério Público reconheceu a barbaridade moral da sua censura..Ups..Não se pode dizer censura...A censura não permite censura..Engraçado este trocadilho..
2.14.2009
Levantar os braços
Tem-se escrito que o Presidente da República Portuguesa afirma que os jovens não deverão baixar os braços. Mas que raio significa isto? Em abstracto parece-me bem, se não fossem os pesos de 500 kg que os jovens têm em cada braço. Sr Presidente, levantar os braços como? Gostaria de ouvir alguns sugestões concretas...Qual é o seu projecto para este país?
2.10.2009
Natureza da natureza da natureza
Não, não me enganei no título. A natureza humana é como uma prisão de leis titubeantes, cheias de calafrios perante a sua existência. Não seguem lógica contestada por Hume por que os sentimentos se expandem para além das fronteiras da comunicação. São totalitários, esmagadores, brilhantes, sombrios e harmonicamente artificiais. Isto é errado. São naturais na nossa evolução humana, mas tornaram-se um novelo de padrões calculistas, artefactos de uma natureza da artificialidade. Ou seja, natureza pintada de tons estranhos, dubiamente definidos. A generalidade é errada e não será necessário assumir que se refere à generalidade da especificidade.
A composição da paisagem interna dos sentimentos guarda a evolução na sua estrutura básica, que lança as fagulhas de toda a inteligência evolutiva humana. Contudo, utilizamos acendalhas que modificam o teor da energia que nos move. Estamos a evoluir numa natureza demasiado diferente - e isto poderá soar a redundância - da matriz humana. Não sabemos para onde vamos e não controlamos. Sim, isto assusta. Parecemos paus perdidos no mar, que albergam minúsculos sonhos e vidas. À deriva.
Para chegar aos....
animais. A sua natureza é pomposamente bela. Regozija ver como o óbvio é belo e a sua complexidade perplexa. Talvez não tenham consciência de si mesmos mas possuem uma capacidade intuitiva de organização e de inter relação assustadoramente bela. Harmonizam em vez de criarem pontos de inflexão dolorosos, que questionam até as leis invisíveis - e imprevisivelmente tacteadas - da natureza. São. Existem. E bem. Porquê? São infinitamente sinceros, na sua agonia e alegria, donos da existência e redactores de uma ordem natural. Basta ver o que nós, as bestas bestiais humanas, lhes fazemos de mal ou que fazemos de mal aos outros, o desrespeito pelos outros, a petulância com que arrogantemente achamos que dominamos a natureza. Somos assustadoramente estúpidos e desorganizadamente complexos.
Nem me apetece corrigir este texto. Que fiquem as letras onde o ser viaja.
A composição da paisagem interna dos sentimentos guarda a evolução na sua estrutura básica, que lança as fagulhas de toda a inteligência evolutiva humana. Contudo, utilizamos acendalhas que modificam o teor da energia que nos move. Estamos a evoluir numa natureza demasiado diferente - e isto poderá soar a redundância - da matriz humana. Não sabemos para onde vamos e não controlamos. Sim, isto assusta. Parecemos paus perdidos no mar, que albergam minúsculos sonhos e vidas. À deriva.
Para chegar aos....
animais. A sua natureza é pomposamente bela. Regozija ver como o óbvio é belo e a sua complexidade perplexa. Talvez não tenham consciência de si mesmos mas possuem uma capacidade intuitiva de organização e de inter relação assustadoramente bela. Harmonizam em vez de criarem pontos de inflexão dolorosos, que questionam até as leis invisíveis - e imprevisivelmente tacteadas - da natureza. São. Existem. E bem. Porquê? São infinitamente sinceros, na sua agonia e alegria, donos da existência e redactores de uma ordem natural. Basta ver o que nós, as bestas bestiais humanas, lhes fazemos de mal ou que fazemos de mal aos outros, o desrespeito pelos outros, a petulância com que arrogantemente achamos que dominamos a natureza. Somos assustadoramente estúpidos e desorganizadamente complexos.
Nem me apetece corrigir este texto. Que fiquem as letras onde o ser viaja.
2.04.2009
Mudar
Os barulhos.
Sons desprezáveis emitidos pelo inaudito e arfante sonho de uma coerência desgraçada, apoiada numa infância em que a significação dos eventos se fazia através de contas de subtrair.
Os gritos.
As vozes que suam, que esperneiam, que tentam levar no bico uma existência maior do que elas. A expansão do ser verifica-se pela exaustividade e paveamento da voz. A calçada da materialização da voz é o grito.
A dor.
Sons de desconforto na composição das interconexões da existência. Quebras de razoabilidade e revolta auto-dirigida. Uivos de desespero de pensamentos que descamam e se perdem na fluência do dia. Uma fugidia sensação de incapacidade de colocar um marco. Aqui sou.
Os barulhos, os gritos e a dor dos...
...
...
...
daqueles na aldeia que roem as unhas como roem os sonhos;
o toxicodependente que é independente de si;
o médico que perdeu o olhar num paciente que morreu;
uma criança que aprende a criar existências.
Todos eles, todos nós.
Sons desprezáveis emitidos pelo inaudito e arfante sonho de uma coerência desgraçada, apoiada numa infância em que a significação dos eventos se fazia através de contas de subtrair.
Os gritos.
As vozes que suam, que esperneiam, que tentam levar no bico uma existência maior do que elas. A expansão do ser verifica-se pela exaustividade e paveamento da voz. A calçada da materialização da voz é o grito.
A dor.
Sons de desconforto na composição das interconexões da existência. Quebras de razoabilidade e revolta auto-dirigida. Uivos de desespero de pensamentos que descamam e se perdem na fluência do dia. Uma fugidia sensação de incapacidade de colocar um marco. Aqui sou.
Os barulhos, os gritos e a dor dos...
...
...
...
daqueles na aldeia que roem as unhas como roem os sonhos;
o toxicodependente que é independente de si;
o médico que perdeu o olhar num paciente que morreu;
uma criança que aprende a criar existências.
Todos eles, todos nós.
Um futuro por escrever
Aqui vai o texto que escrevi em nome do Movimento de Cidadãos do Concelho de Ovar para um conjunto de jornais da zona de Ovar.
Um futuro por escrever – um debate
O trabalho é central na vida das pessoas e significativo de todos os aspectos sociais nos quais os seres humanos participam. Sejamos nós desempregados, crianças, adultos ou idosos, temos todos uma relação directa com o trabalho.
O trabalho, nas sociedades Pós-Modernas, não é apenas algo que fazemos, é algo que apresentamos nos nossos cartões de visita, imbuídos de uma valorização social que determina que estejamos guardados numa determinada gaveta e não noutra.
Contudo, os nossos cartões de visita estão a ficar esborratados.
As certezas passaram a receio e o medo tem vindo a instalar-se.
As falências das empresas passam a ser falências das pessoas.
Falências da percepção de utilidade na sociedade; da compra de bens essenciais; da criação
de riqueza; das explicações que se dão aos filhos ou amigos; e da alegria da criação das minudências
totalitárias na vida das pessoas – a casa, o carro, a electricidade, a água, as prendas…
A injustiça passa a transpirar por todos os poros das palavras que utilizamos para falar do
desemprego.
O concelho de Ovar está, por isso, a suar.
O tilintar das pessoas que são despedidas soa eterno e mais parecem gotas de um suor frio.
As, ainda há pouco, estruturas organizacionais sólidas soam agora à decrepitude do desmoronamento. As ilustrações de sucesso transformaram-se em folhetins de tristeza.
O Movimento de Cidadãos do Concelho de Ovar (MCCO) reconhece a necessidade de transformar as tonalidades que pintam os nossos dias.
Nesse sentido, urge fazer algo positivo, que vá ao encontro das expectativas das pessoas e que lhes sirva de estímulo, criando-se, assim, uma sociedade concelhia inclusiva, participativa, unida
na criatividade e no empreendedorismo. É necessário, portanto, que todos participem.
O MCCO propõe-se criar um debate introdutório com especialistas de todos os quadrantes, em que todos vós, especialistas nas vossas inteligências, angústias, criatividade, ou motivação,
participem. Queremos fazê-lo brevemente mas queremos ouvir-vos primeiro. As vossas sugestões
relativamente este primeiro passo juntar-se-ão em todos os nossos passos.
O que consideras essencial discutir sobre o desemprego? O empreendedorismo? A criação de sinergias entre comerciantes? O desenvolvimento do turismo? O apoio psicossocial aos desempregados em situação mais frágil? O papel da autarquia?
Qual é a tua visão para Ovar?
Podes fazê-lo para pelanossaterra@gmail.com
Obrigado!
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