Não, não me enganei no título. A natureza humana é como uma prisão de leis titubeantes, cheias de calafrios perante a sua existência. Não seguem lógica contestada por Hume por que os sentimentos se expandem para além das fronteiras da comunicação. São totalitários, esmagadores, brilhantes, sombrios e harmonicamente artificiais. Isto é errado. São naturais na nossa evolução humana, mas tornaram-se um novelo de padrões calculistas, artefactos de uma natureza da artificialidade. Ou seja, natureza pintada de tons estranhos, dubiamente definidos. A generalidade é errada e não será necessário assumir que se refere à generalidade da especificidade.
A composição da paisagem interna dos sentimentos guarda a evolução na sua estrutura básica, que lança as fagulhas de toda a inteligência evolutiva humana. Contudo, utilizamos acendalhas que modificam o teor da energia que nos move. Estamos a evoluir numa natureza demasiado diferente - e isto poderá soar a redundância - da matriz humana. Não sabemos para onde vamos e não controlamos. Sim, isto assusta. Parecemos paus perdidos no mar, que albergam minúsculos sonhos e vidas. À deriva.
Para chegar aos....
animais. A sua natureza é pomposamente bela. Regozija ver como o óbvio é belo e a sua complexidade perplexa. Talvez não tenham consciência de si mesmos mas possuem uma capacidade intuitiva de organização e de inter relação assustadoramente bela. Harmonizam em vez de criarem pontos de inflexão dolorosos, que questionam até as leis invisíveis - e imprevisivelmente tacteadas - da natureza. São. Existem. E bem. Porquê? São infinitamente sinceros, na sua agonia e alegria, donos da existência e redactores de uma ordem natural. Basta ver o que nós, as bestas bestiais humanas, lhes fazemos de mal ou que fazemos de mal aos outros, o desrespeito pelos outros, a petulância com que arrogantemente achamos que dominamos a natureza. Somos assustadoramente estúpidos e desorganizadamente complexos.
Nem me apetece corrigir este texto. Que fiquem as letras onde o ser viaja.
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