O self dialógico, enquanto processo organizador da existência humana, é um constante produto da alteração da relação entre existir e existência, entre a fluidez da existência e espontaneidade de existir. É um diálogo organizador do ser humano na relação que ele mantém com a vida (inclua-se o próprio ser, os outros, o meio físico, o futuro, o passado, etc..).
Dialogamos com a nossa criação fluída, corporizada, e com a nossa imaginação dos outros que habitam o nosso espaço de existência.
Sendo que o self dialógico visa compreender a organização geral do ser humano, nunca poderá tender a decalcar em papel químico o processo Humano de existir. Pensá-lo rondará a utopia. Responder a perguntas como "qual é o objectivo de ser Humano?", "qual é o sentido da existência?", "como existimos?", será impossível fora da fluência organizadora da existência Humana. E a que nível queremos responder a estas perguntas? E qual a vantagem de o fazer? E quais as desvantagens de não querer fazer?
A impossibilidade de sermos efectivamente, fisicamente, mais do que um, leva-nos a uma solidão dialógica. Presos ao diálogo do ser com os seres, não conseguimos ultrapassar o processo necessário que funda a existência: a organização da diferença.
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