"..Cada homem é, ao mesmo tempo, um ente individual e um ente social. Como indivíduo, distingue-se de todos os outros homens; e, porque se distingue, opõe-se-lhes. Como sociável, parece-se com todos os outros homens; e, porque se parece, agrega-se-lhes.
A vida social do homem divide-se, pois, em duas partes: uma parte individual, em que é concorrente dos outros, e tem que estar na defensiva e na ofensiva perante eles; e uma parte social, em que é semelhante dos outros, e tem tão somente que ser-lhes útil e agradável. Para estar na defensiva ou na ofensiva, tem ele que ver claramente o que os outros realmente são e o que realmente fazem, e não o que deveriam ser ou o que seria bom que fizessem. Para lhes ser útil ou agradável, tem que consultar simplesmente a sua mera natureza de homens."
página 131 do livro "Organizem-se: a gestão segundo Fernando Pessoa", de Fernandes, F.
À luz da Economia do trabalho, o problema do recrutamento é um problema de informação.
“Uma relação de agência ocorre quando o principal delega alguns direitos – por exemplo, direitos sobre a utilização de recursos. a um agente que está obrigado através de um contrato (formal
ou informal) a representar os interesses do principal em troca de uma remuneração de
qualquer espécie” (Eggertsson, 1995, 40-41).
De acordo com a teoria da agência as relações entre principal e agente caracterizam-se por:
a) assimetria de informação - o agente dispõe de mais informação sobre os detalhes das tarefas a
executar do que o principal o que lhe permite tirar vantagens;
b) os interesses das partes
envolvidas (principal e agente) não coincidem e muitas vezes podem entrar em conflito; e
c) a existência de comportamentos auto-interessados e oportunistas por parte dos
agentes conduzem a custos mais elevados para o principal.
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