3.19.2007
Dentro de mim zangam-se as vozes humedecidas. São vozes do pântano que se cruzam no silêncio da amalgama interior. Têm nomes irreconhecíveis, tal a minha estranheza com os seus dedos, vozes da história. Conheço-os bem, venho de lá. A minha voz magnânime mendiga som, um calor entrecortado de confrontação. Inacabadas, em constante devir. Posições que se trocam, representações externas dos tentáculos internos. O “todo” que não precisa de outro meio para além da sua auto-reflexividade para chegar a si. Não. Para dialogar. De si não fogem as discordâncias, as incongruências ou as ininteligibilidades. Não são só palavras. Sou eu em diálogo. As fotos não me captam. Narro-me narrando, escutando os ineptos, os pusilânimes, os grilhetas, mas também os honrados, dignos, nobres…vozes. Conto histórias que respondem a uma relação, comigo e com o mundo, ou melhor, eu entre o Mundo e eu. Os animais descansam, a relva cresce. Respiro.
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